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Palácio Nacional de Mafra

Real Edifício de Mafra
Património Mundial Unesco

Palácio

Nacional de Mafra

Real Edifício de Mafra
Património Mundial Unesco 

REAL EDIFÍCIO DE MAFRA

Conjunto arquitetónico barroco formado por um Palácio, uma Basílica e por um Convento, a que se associam os jardins e uma vasta Tapada, formando um conjunto patrimonial histórico com mais de 1200 hectares, inscritos, em 2019, na Lista UNESCO do Património Mundial.

Mandado construir por D. João V no cumprimento de um voto de sucessão, o Palácio de Mafra é um dos mais importantes monumentos barrocos em Portugal e um dos maiores da Europa, ocupando uma área de construção de 38.000 m2, com cerca de 1.200 divisões, 5000 portas e janelas e 156 escadarias.

A UNESCO reconheceu este monumento como um feito de arquitetura, de engenharia e da capacidade do génio humano. Baseado em projetos de Filippo Juvarra, o seu desenho final foi realizado pelo germânico Johann Friedrich Ludwig (João Frederico Ludovice) e a construção conduzida pelo engenheiro-mor do reino, Custódio Vieira. A primeira pedra foi lançada a 17 de novembro de 1717 e a sagração da Basílica e inauguração do Palácio e do Convento, a 22 de outubro de 1730.

A Basílica, inspirada nas grandes igrejas de Roma, possui uma das mais significativas coleções de escultura italiana do seu tempo, com 58 estátuas, um grande crucifixo com arcanjos em adoração e três altos relevos, bem como um importante conjunto de pintura, representativa de alguns dos mais célebres pintores ativos em Itália e França, no início da década de 1730. É também muito significativa, pela sua qualidade e raridade, a coleção de paramentos e alfaias litúrgicas.

A Biblioteca do Palácio é um dos espaços mais icónicos do monumento. Com uma refinada seleção de cerca de 30.000 volumes, é um dos expoentes do conhecimento iluminista representativo da cultura de corte da primeira metade do século XVIII.

Destacam-se, ainda, o conjunto sineiro, com 120 sinos, os quais integram dois dos maiores carrilhões do século XVIII, fundidos em Antuérpia e Liége nas oficinas de Willem Witlockx e de Nicolas Levache, respetivamente. Aos sinos associam-se dois relógios datados da primeira metade do século XVIII, bem como, quatro autómatos para música automática.

No interior da Basílica encontra-se um conjunto de órgãos de tubos, único no mundo, composto por seis instrumentos concebidos para poderem tocar em conjunto, construídos entre 1792 e 1807 pelos organeiros portugueses António Machado e Cerveira e por Joaquim Peres Fontanes.

O Palácio de Mafra é membro da Associação das Residências Reais Europeias, desde 2009.